Na última quinta-feira (19), o Senado Federal aprovou um Projeto de Lei que incentiva a chamada Internet das Coisas. Este termo, que vem ganhando cada vez mais visibilidade, tende a ir por um caminho de popularização, onde novos cenários econômicos e, até mesmo, dentro da gestão pública, são incentivados.
No Espírito Santo, para o auditor fiscal da Receita Estadual, membro do Laboratório de Auditoria Fiscal Digital e especialista em automação fiscal, Bruno Aguilar, esses novos cenários vão desde a gestão pública ao agronegócio. Independente do setor, o propósito está voltado para uma gestão mais integrada e produtiva.
“Certamente as indústrias do estado vão utilizar dessas informações, e tecnologias, da Internet das Coisas. No setor de serviços, por exemplo, será um diferencial para os lojistas, processo de carga e descarga. Tende a ter uma nova eficiência na logística do agronegócio, na parte extrativista. E também tem toda uma área de saúde, pois quanto melhor um acompanhamento das pessoas e os novos negócios da área, até mesmo o setor público é beneficiado”, ressaltou Aguilar.
O que é Internet das Coisas?
Antes dos benefícios, no entanto, é preciso entender o que, de fato, é a Internet das Coisas. O termo está ligado a todo tipo de equipamento que pode ser conectado de distintas formas, que vão desde de um caminhão para acompanhamento do deslocamento de frotas de transporte de produtos à microssensores que monitoram o estado de pacientes a distância em hospitais ou fora deles.
De certo modo, o termo é tratado enquanto uma revolução tecnológica que busca conectar itens usados do dia a dia à rede mundial de computadores. Com isso, cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo tênis e roupas conectados à internet e a outros dispositivos, entre eles computadores e smartphones.
Na Internet das Coisas novas aplicações permitem o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades. Essa utilização de redes por dispositivos acontece sem intervenção humana, onde a troca de dados entre si é o chamado sistema máquina a máquina.
Com o Projeto de Lei aprovado no Senado, cria-se isenção tributária para dispositivos e sistemas de comunicação máquina a máquina, que tem prazo de cinco anos. O projeto também dispensa a licença para esses equipamentos funcionarem.
O texto, agora, segue para sanção presidencial. A expectativa, segundo o Ministério das Comunicações, é que a implementação da Internet das Coisas e da internet 5G gere mais de 10 milhões de empregos.
Óculos inteligente com recursos de realidade aumentada desenvolvido pelo Google — (Foto: Divulgação/Google)
Revolução tecnológica no dia a dia
Segundo Aguilar, a internet das coisas vai além de cenários econômicos e da produtividade da gestão, e abrange o dia a dia. “Ela [Internet das Coisas] tem uma facilidade no dia a dia, porque na própria relação doméstica vamos ter equipamentos todos controlados pelas máquinas automaticamente. Vai trazer maior comodidade. Imagina um modelo de negociação ou a minha geladeira que percebe a falta de alimentos e se comunica diretamente com o mercado? Para isso, precisa de um novo padrão de internet”.
Novos padrões também tendem a gerar desconfiança por parte de quem olha para as novas tecnologias a partir de golpes e vazamento de dados e informações. Contudo, o especialista em automação fiscal ressalta que diante dos avanços a segurança caminho em conjunto. Ou seja, a proteção de dados e informações não fica para traz e avança com as novidades.
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